segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Cobras

As cobras ou ofídios são répteis poiquilotérmicos
(ou pecilotérmicos) sem patas, pertencentes à sub-ordem serpentes, bastante
próximos dos
lagartos, com os quais partilham
a ordem
Squamata. Há também várias
espécies de lagartos sem
patas que se assemelham a cobras,
sem estarem relacionados com estas. A atração pelas cobras é chamada de
ofiofilia, a repulsão é chamada de ofiofobia. O estudo dos répteis e
anfíbios chama-se herpetologia (da palavra
grega herpéton que significa "aquilo que rasteja" - em especial, serpentes).


ALIMENTAÇÃO


Todas as cobras são carnívoras, comendo
pequenos
animais (incluindo lagartos e
outras cobras),
aves, ovos ou insetos. Algumas cobras têm uma
picada
venenosa
para matar as suas
presas antes de as comerem.
Outras matam as suas presas por
estrangulamento. As
cobras não
mastigam quando
comem, elas possuem uma
mandíbula flexível, cujas
duas partes não estão rigidamente ligadas (ao contrário da
crença popular, elas não
desarticulam as suas mandíbulas), assim como numerosas outras
articulações do
seu
crânio,
permitindo-lhes abrir a
boca de forma a engolir toda a sua
presa, mesmo que ela tenha um
diâmetro maior que a
própria cobra.

As cobras ficam entorpecidas, depois de comerem, enquanto
decorre o processo da
digestão. A digestão é uma
atividade intensa e, especialmente depois do consumo de grandes presas, a
energia metabólica envolvida é tal que na
Crotalus durissus, a
cascavel mexicana, a sua temperatura corporal pode atingir 6 graus acima da
temperatura ambiente. Por causa disto, se a cobra for perturbada, depois de
recentemente alimentada, irá provavelmente vomitar a presa para tentar fugir da
ameaça. No entanto, quando não perturbada, o seu processo digestivo é altamente
eficiente, dissolvendo e absorvendo tudo excepto o pêlo e as garras, que são
expelidos junto com o excesso de ácido úrico.
Por norma, as serpentes não
costumam atacar seres humanos, mas há exemplos de crianças pequenas que têm sido
comidas por grandes
jibóias. Apesar de existirem
algumas espécies particularmente agressivas, a maioria não atacará seres
humanos, a menos que sejam assustadas ou molestadas, preferindo evitar este
contacto. De facto, a maioria das serpentes são não-peçonhentas ou o seu veneno
não é prejudicial aos seres humano.


PELE



A pele das cobras é coberta por escamas. A maioria das cobras usa escamas especializadas no ventre para se mover, agarrando-se às superfícies. As escamas do corpo podem ser lisas ou granulares. As suas pálpebras são escamas transparentes que estão sempre fechadas. Elas mudam a sua pele periodicamente. Ao contrário de outros répteis, isto é feito em apenas uma fase, como retirar uma meia. Pensa-se que a finalidade primordial desta é remover os parasitas externos. Esta renovação periódica tornou a serpente num símbolo de saúde e de medicina, como retratado no bastão de Esculápio. Em serpentes "avançadas" (Caenophidian), as escamas da barriga e as fileiras largas de escamas dorsais correspondem às vértebras, permitindo que os cientistas contem as vértebras sem ser necessária a dissecação.


SENTIDOS

Apesar da visão não ser particularmente notória (geralmente sendo melhor na espécie arboreal e pior a espécie terrestre), não impede a detecção do movimento. Para além dos seus olhos, algumas serpentes (crotalíneos - ou cobras-covinhas - e pítons) têm receptores infravermelhos sensíveis em sulcos profundos entre a narina e o olho que lhes permite "verem" o calor emitido pelos corpos. Como as serpentes não têm orelhas externas, a audição consegue apenas detectar vibrações, mas este sentido está extremamente bem desenvolvido. Uma serpente cheira usando a sua língua bifurcada para captar partículas de odor no ar e enviá-las ao chamado órgão de Jacobson, situado na sua boca, para examiná-las. A bifurcação na língua dá à serpente algum sentido direccional do cheiro.

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